quarta-feira, 19 de março de 2014

#ResenhaDepoisdosLivrosBlog: Vento Sobre Terra Vermelha - Caio Riter


Características: 
Páginas: 206
Edição: 1
Tipo de capa: Brochura
Editora: 8INVERSO
Ano: 2012

Assunto:  Literatura Nacional / Contos e Crônicas

Sinopse:
Caio Riter, premiado e reconhecido escritor de literatura infantil e juvenil, revela-se autor experiente e cria, nesse livro de contos, um universo paralelo povoado por personagens marcados pela estranheza e pela fatalidade, gente meio deslocada e ambígua, habitantes de um terreno de impossibilidades, de frustrações, de alguma maldade e de quase alegrias. 





Estreia do autor na 8INVERSO, indicado ao Jabuti 2013 na categoria Conto
     Da parceria que temos com a Editora 8INVERSO, esse foi o livro que ficou comigo. 
     Comecei a ler ele sem saber exatamente nada, gosto de começar uma leitura assim, atiçar minha curiosidade. Vejo resenhas e comentários sobre, mas só depois que li o livro, para comparar opiniões e pontos de vista.
      Quando li o primeiro conto quase me matei, achei a leitura muito difícil, creio que isso aconteceu porque eu nunca tinha lido algo com essa narrativa nacional, já li Capitães da Areia, só que não chegava a ser assim.  Entretanto, depois do primeiro conto já me acostumei e não tive mais problemas com isso, a não ser a pontuação, teve momentos da narrativa em que não foram separados a fala do personagem e o que ele estava pensando. Exemplo:
"- Tá na seta, disse ele, e me olhou daquele jeito de querer. Mas não se moveu, ficou escorado na parede, olhos em mim, como se esperasse nova fala. Falei."
     Não tem a separação com o travessão, isso me incomodou muito, acontece em vários momentos do livro, não sempre, mas acontece.
     O conto que mais gostei foi Estranho Homem Vindo no Vento. Eu comecei a leitura pesando “típica mulher ingênua”, mas quando estava chegando no final me encontrei em uma crise de nervos, e quando acabou eu fiquei pasma. Foi totalmente surpreendente para mim, alguns podem até falar “Nada ver ela não iria conseguir fazer isso e chegar a tempo”, mas eu me empolguei com a atitude dela, com a coragem e a força que uma mãe pode ter, foi isso que eu senti que o autor quis transmitir.
     O conto que menos gostei foi o Para Além do Inverno, a história foi meio banal. O conto começa bom, mas no seu decorrer e principalmente no final, fiquei me perguntando por que o autor escreveu aquilo. Se um dia eu tiver a oportunidade de falar com ele vou perguntar. Senti que foi aquele conto para “encher linguiça”.
     Mas em geral gostei do livro, é uma junção de contos que acontecem em um mesmo lugar, em alguns vamos ouvir falar vagamente sobre o personagem do outro conto, achei isso bem bacana. 
     Como já disse nunca tinha lido historias desse gênero, Capitães da Areia não chegava a ser tão pesado assim (agora se tratando da questão da impunidade feminina, e dessa cultura dos povos mais rurais), porém não foi tão assustador quanto eu pensava, digo isso porque eu sou muito feminista quando se fala em maus tratos a mulheres, essa submissão me irrita, e nesse tipo de cultura tem muito disso, mas ao decorrer eu me acostumei, não que ache legal.
     Enfim indico o livro para quem tem um gosto menos fictício, até porque o  publico alvo do livro são os adultos, porém se você gosta um pouco desse tema, te recomendo.

Frases do Livro:
“Nem sempre somos seres de respostas. Talvez mais de perguntas.” – Pág: 32 Conto: O colecionador de livros

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